Domingo


Era eu apertando o caderno contra o peito,
a barra da calça molhada de tanta chuva.
Não viria me buscar.
Tão sozinha eu me senti,
como as cartas que escrevi,
que não entreguei.
Rasguei.
Do pouco que sei,
tenho seus olhos.
Me tire daqui?
O silêncio como resposta do meu chamado mudo...
Me privaram do chamar cotidiano.
Coisa tão habitual,
não tenho, não.
Papel colorido escondido no livro
que era pra ser seu...
Nesse muro invisível que nos separa,
fico ouvindo os tijolos à cata de qualquer coisa sua,
esperando que do outro lado seu ouvido esteja próximo
também me procurando.
Metade você.
Eu sou.
Amo ser.
Falta faz te ter...
Mato a saudade dos seus olhos olhando pros meus.

Comentários

  1. Ah amiga, gosto dos seus textos mais por saber o pq deste me sinto triste ao ler... Amo muito vc! ♥

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  2. Lininha, querida... um abraço seu em mim... eu quero... te amo mais que infinito! ³³

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